A Águas de Paços de Ferreira diz que “não existe fundamento para uma rescisão contractual”, entre a empresa concessionária da água e rede de saneamento e o município, mostrando-se disponível para chegar a um consenso com a Câmara Municipal, de forma a “evitar custos inerentes a processos de conflito”.
Em comunicado, enviado aos jornalistas, a empresa começa por rebater os argumentos apresentados pela autarquia que justificaram a rescisão, garantindo que a sua estrutura se mantém “inalterada desde 2014”, sendo composta por “empresas portuguesas, com décadas de reconhecida experiência no sector do ambiente e na operação de sistemas públicos de abastecimento de água e recolha de águas residuais”
E explica: “as duas empresas accionistas, a Hidurbe e Plainwater, antiga Somague Ambiente, são, por sua vez, detidas, desde Abril deste ano, pela Indaqua, outra empresa portuguesa com mais de 25 anos de experiência no sector e responsável pelo abastecimento, só em Portugal, a mais de 600 mil habitantes”.
Assim, destaca a Águas de Paços de Ferreira, “não houve qualquer alienação~” da empresa.
Além disso, a concessionária revela que, nos últimos 18 anos, investiu “mais de 60 milhões de euros nas redes públicas de abastecimento de água e de saneamento” no município, construindo “525 quilómetros de redes”, o que permitiu “mudar radicalmente a qualidade do serviço, evoluindo-se de uma cobertura de 32 para 95%”.
Aliás, aponta o comunicado, “alguns dos incumprimentos, agora alegados publicamente, foram inclusive já apreciados e rejeitados em Tribunal Arbitral”.
Por estas razões, justifica-se a Águas de Paços de Ferreira, “não o existe qualquer incumprimento contratual ou legal que justifique” esta postura do município.
Ainda assim, sublinha que, e estando em causa os “interesses do concelho de Paços de Ferreira”, está disponível “para procurar todas as soluções consensuais que permitam evitar custos inerentes a processos de conflito”.