Verdadeiro Olhar

Agrival tem grande impacto económico na região e “mobiliza e agrega o Tâmega e Sousa”

Abriu portas, esta tarde, a 37.ª edição da Agrival. Mas desta vez, aquela que o presidente da Câmara Municipal de Penafiel descreveu como a “maior feira agrícola do Norte e Centro de Portugal”, não contou com a presença de nenhum representante do Governo. “Aquilo que diz a nossa gente é que só faz falta quem cá está”, afirmou Antonino de Sousa aos jornalistas, explicando que, à semelhança das edições anteriores foram convidados, “atempadamente”, o primeiro-ministro e os ministros da Agricultura e da Economia.

“Pela nossa parte tínhamos gosto em que estivessem presentes. Se algum membro do Governo de Portugal vier ao longo dos 10 dias em que a Agrival decorre será naturalmente bem recebido. Se não vier, vai continuar e ser uma grande feira”, salientou o autarca.

Cerca de 300 expositores vão mostrar o que de melhor há na região durante a próxima semana num certame que o presidente da Câmara Municipal de Penafiel disse ter grande impacto económico na região, assumindo-se como mobilizador e factor de coesão do Tâmega e Sousa.

Na última edição o certame originou 10 milhões de euros em negócios

Nos próximos 10 dias a 37.ª Feira Agrícola do Vale do Sousa espera receber milhares de visitantes, apresentando um programa alargado que vai desde a cultura à gastronomia, passando pelos produtos agrícolas endógenos da região, como a cebola, o melão casca de carvalho, o vinho ou a broa.

O certame tem conseguido inovar sem perder a matriz agrícola, defende a autarquia.

Durante as intervenções desta tarde, o presidente da Assembleia Municipal de Penafiel lembrou os 37 anos de história do certame e todos os que idealizaram a feira, a construíram e a fizeram crescer. “A nossa missão é honrar essa história de sucesso para a região e Penafiel e continuar essa herança”, referiu Alberto Santos, salientando o facto de a feira ser sustentável e ajudar os pequenos empresários.

Também o presidente da Câmara Municipal de Penafiel frisou a importância do impacto económico gerado pelo certame na região, que o ano passado rondou os 10 milhões de euros, chegando aos cerca de 140 mil visitantes.

A par com o projecto da Rota do Românico este “é um dos momentos que mobiliza e agrega o Tâmega e Sousa”, um território com cerca de 430 mil pessoas e muitas dificuldades a ultrapassar, defendeu Antonino de Sousa. “A nossa região precisa desta mobilização e coesão para enfrentar os obstáculos”, acrescentou o autarca.

IC35 é “um folhetim com capítulos a mais e que precisa de ter conclusão”

Apesar de ter “grande potencial exportador” a região debate-se com indicadores menos positivos, já que tem um dos rendimentos per capita mais baixos do país e baixos níveis de empregabilidade e literacia, referiu.

Uma das mais recentes machadadas para a região foi o facto do arranque da obra do IC35, “uma via estruturante há muito reivindicada pela população”, ter sido protelada para 2017. “É um folhetim com capítulos a mais e que precisa de ter conclusão e ir de encontro às expectativas da região”, defendeu Antonino de Sousa.

Nesta edição a organização espera, pelo menos 125 mil pessoas, não sendo um objectivo aumentar o número de visitantes. “Neste momento estamos num patamar excelente de visitantes”, garantiu o autarca.

Conheça o programa aqui.