Verdadeiro Olhar

Adesão à greve dos professores tem sido “extraordinária” na região do Vale do Sousa e em todo o país

Greve dos Professores em escola de Paredes. Foto do grupo 'Professores em Luta' (DR)

A adesão à greve nacional dos professores está a ser “extraordinária”, não só nas escolas da zona do Vale do Sousa, como do Grande Porto, assim como de todo o país. A garantia foi deixada ao Verdadeiro Olhar pelo representante do Sindicato de Todos os Professores (STOP).

No quinto dia de greve, André Pestana diz não ter dados concretos em relação a esta greve, porque este sindicato foi criado “há quatro anos, e não é como outros que têm 40”, não tendo a “capacidade” de traduzir este movimento em números, mas a adesão nas redes sociais de pessoas que apoiam este protesto e que, através de fotos mostram como estão as escolas de Norte a Sul do país, não deixa dúvidas de que “está a ser um sucesso”.

Aliás, e se consultarmos a página de Facebook ‘Professores em Luta’, que tem cerca de 25 mil membros, repetem-se as fotografias de docentes, juntos às suas escolas, que mostram que vários estabelecimentos de ensino estão sem aulas ou a maio gás.

O sindicalista contou ainda ao Verdadeiro Olhar que está já convocada, para este sábado, uma manifestação nacional na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa. Nesse mesmo dia, há um plenário, onde vão estar presentes todos os sindicatos e professores para decidirem “o futuro desta luta”. A reunião vai servir para debater a possibilidade de os professores fazerem greve “todos os dias do mês de Janeiro”.

Uma postura que pretende demonstrar que “os professores não estão a brincar”. Temos que nos insurgir contra o facto de o Governo “estar a destruir a escola pública”, sustentou André Pestana, acrescentando que os alunos também “não podem ser privados do direito de acesso à educação”, o que acontece no actual sistema.

Recorde-se que este protesto começou no dia 9 de Dezembro e que foi convocada pelo STOP, após o Ministério da Educação (ME) ter apresentado às estruturas sindicais propostas no sentido de se criarem procedimentos municipais de colocação de professores, que passariam a ser distribuídos por escolas, através de conselhos locais de directores, em função dos perfis dos docentes. O que para o sindicato “é altamente perigoso”, permitindo “compadrios e cunhas”.