A Associação para o Desenvolvimento de Mouriz vai avançar para a criação de um centro de dia e de um serviço de apoio domiciliário. O projecto já está pronto e a primeira fase da obra, de recuperação das fachadas e terraços do edifício está quase concluída. Agora faltam as obras interiores que a instituição pretende iniciar ainda este ano.
O objectivo é dar apoio a 25 utentes na valência de centro de dia, suprindo uma carência da freguesia de Paredes. A AD Mouriz quer pôr este projecto em marcha pelos seus próprios meios, se possível com o recurso a uma candidatura no âmbito do Portugal 2020, mas há já um plano B para avançar com o apoio de uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) do concelho.
Obras exteriores em fase de conclusão
A aspiração é antiga, mas está agora mais perto de ser realidade. A AD Mouriz quer criar mais uma resposta para a população sénior da freguesia de Paredes, usando as suas instalações próprias para criar um centro de dia.
Segundo Celso Silva, presidente da direcção da instituição, chegou a ser lançada uma candidatura em 2010, que não se concretizou. Mas desde que esta direcção tomou posse, há cerca de um ano, o sonho ganhou nova força.
A decisão de criação de um centro de dia fundamenta-se nos números do Conselho Local de Acção Social (CLAS) de Paredes que diz que nesta freguesia, com mais de 20 mil habitantes, existem apenas um centro de dia e um de convívio. “Há cerca de 4000 pessoas com mais de 70 anos na freguesia e várias pessoas em apoio domiciliário e centros de dia das freguesias em redor já sinalizadas”, explica Celso Silva. Porque há necessidade e procura a instituição quer criar uma resposta para 25 utentes, adianta o dirigente.
A primeira fase da obra já avançou, com o apoio da Junta de Freguesia de Paredes, capitais próprios e alguns donativos. Fizeram-se obras exteriores e de recuperação da fachada e do terraço do edifício da instituição, com 15 anos, que ficarão concluídas no final deste mês.
Direcção quer acabar obra até ao final do mandato
A etapa mais ambiciosa consistirá nas obras interiores. A AD Mouriz pretende avançar com uma candidatura ao Portugal 2020, caso surjam oportunidades para esta área de apoio aos idosos, mas caso não consigam vão realizar a obra por fases. “Poderá ainda ser realizada uma parceria com uma IPSS no concelho para ajudar nas obras e na prestação do serviço”, refere Celso Silva. Mas esse, garante, é o plano B: “O plano A é sermos nós a fazer”.
O centro de dia ia permitir criar, pelo menos, quatro postos de trabalho, e implicará avançar também com serviço de apoio domiciliário para rentabilizar o serviço de cozinha e lavandaria. Nessa valência poderão apoiar mais cerca de 20 utentes. “Acredito que até ao final do mandato teremos o centro de dia em vias de conclusão. Há muito trabalho pela frente e tudo será mais fácil se conseguirmos uma candidatura”, explica o presidente da direcção.
Para ajudar, a instituição já tem realizado um conjunto de acções, eventos e peditórios para angariar fundos, que vão continuar.
A AD Mouriz é uma instituição social com 22 anos de existência e cerca de 400 associados.