Soubemos esta semana várias coisas interessantes:
- Segundo o PSD, quem governou Portugal entre 2013 e 2015 – período a que se refere uma putativa aplicabilidade de sanções, não foi Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque ou qualquer outro governante do PSD. Pelos vistos terá sido António Costa, enquanto Presidente de Câmara de Lisboa a “governar o país e a ter a responsabilidade do incumprimento do défice”.
- A afamada “saída limpa” ficou novamente comprovada como uma saída bem suja. Soube-se que o défice de 2015 teria sido ultrapassado mesmo que o BANIF não tivesse sido intervencionado (como deveria ter sido há alguns anos, mesmo após vários avisos e pedidos da União Europeia).
- Maria Luís Albuquerque, a Schäuble Portuguesa, afirmou sem demonstrar qualquer pudor, que se estivesse no Governo as sanções não seriam aplicadas a Portugal. Ora se a aplicação de sanções advém exatamente do período em que ML Albuquerque liderou a pasta das finanças, só poderemos estar perante a tentativa de construção de mais uma realidade alternativa em que se tenta ludibriar os Portugueses perante os factos indesmentíveis já existentes;
Soubemos também esta semana que:
- A Taxa de Desemprego registou o nível mais baixo de 2010, incluindo desta vez todos os desempregados que frequentam ações de formação inseridas na procura ativa de emprego;
- O défice orçamental em contas públicas fixou-se nos 395 milhões de euros até maio, menos 453 milhões do que no mesmo período do ano passado (Ministério das Finanças);
- “As receitas fiscais e contributivas cresceram, respetivamente 2,7% (“não obstante o acréscimo de reembolsos fiscais em 229 milhões de euros”) e 3,8% (“em resultado sobretudo do crescimento de 4,9% das contribuições e quotizações para a Segurança Social”) (fonte: Diário de Notícias).
Não está tudo perfeito, obviamente. Mas acontece que as sucessivas teorias do caos vão caindo uma a uma e não fossem os sucessivos escândalos com a banca, Portugal e os Portugueses viveriam muito melhor e com mais esperança.
Passos Coelho continua a tentar criar uma realidade alternativa para manter a sua débil sobrevivência política. Finge não ter governado o país em 2015 e tenta aproveitar-se dos “ralhetes” da União Europeia – dirigidos à sua governação, em vez de se unir com o atual Governo na condenação de qualquer tipo de sanções.