Joseph Backholm, um jovem norte-americano andou, de microfone em punho, a fazer um inquérito a estudantes da Universidade de Washington. Primeiro, perguntou-lhes se estavam a par do actual debate, em Washington, acerca da identidade de género e do acesso a vestiários e casas de banho. As respostas traduziram a doutrina «politicamente correcta»: nenhum problema. Um rapaz ou uma rapariga podem ir à casa de banho do outro sexo, desde que se identifiquem interiormente assim. Viva a liberdade!
A segunda pergunta foi apenas uma variante:
– Se eu te disser que sou uma mulher, que responderias?
Todos os entrevistados riram com a brincadeira, mas a consistência ideológica obrigou-os a aceitar: «Se achas isso, ok», «tu é que sabes», «não tenho problemas com isso»… Algum entrevistado sentiu que a pergunta continha uma ratoeira e tentou resistir sem responder: «A sério? Sentes-te rapariga?»
A terceira pergunta era menos esperada:
– E se eu te disser que sou chinês?
A primeira reacção foi desatar a rir. Depois, pensando melhor, cada um encontrou uma saída diplomática: «Eu ficava surpreendido, mas pronto…»; «… pensaria que tens um antepassado chinês na família»; «perguntava-te como chegaste a essa conclusão…».
– E se eu disser que tenho 7 anos de idade?
As respostas tornaram-se mais difíceis: «Humm… começaria por duvidar»; «humm… talvez não acreditasse». Algum, mais consistente com a doutrina radical, respondeu «se achas interiormente que tens 7 anos de idade, então é assim».
– Nesse caso, se eu quiser matricular-me na primeira classe da Primária, deviam aceitar-me? – Era impossível não rir, mas o politicamente correcto continuava a ditar as respostas: «Provavelmente…»; «se sentes isso, deviam admitir-te»; «se não prejudica a sociedade, não vejo problema».
– Se eu te disser que tenho 2 metros de altura? (O entrevistador tinha claramente menos).
Desta vez, surpresa! Alguém desiste da coerência ideológica e troca-a pela sensatez: «Duvidava!» «Duvidavas porquê?» «Porque não tens 2 metros de altura!». Outros resistem a meias: «Se achas que tens 2 metros de altura, não vejo mal nisso. Não me importo que digas que és mais alto do que realmente és». «Então, dirias que estou errado?» «Não diria que estás errado, mas humm..».
– Então, eu poderia ser uma mulher chinesa? – …Grande risota!
– Claro!
– Mas não poderia ser uma mulher chinesa de 2 metros?
«Sim… humm». «Se me apresentares argumentos, …estou aberto a aceitar isso».
O vídeo é engraçado pela cara de surpresa dos entrevistados e pelo seu evidente desconforto ao tentarem ser coerentes com a ideologia da moda. Essa ideologia pretendeu convencê-los de que o sexo é uma convenção trivial, tão irrelevante que cada um o pode escolher ou modificar. Em vez de «sexo», que aponta para um corpo real e responsabilidades reais, esta ideologia fala-nos em «géneros», como arbitrariedades ao nível do género gramatical que dita que a palavra «mão» seja feminina e a palavra «pé» masculina.
Fazendo-se eco do que disseram os bispos de todo o mundo, o Papa Francisco não hesitou em enumerar a ideologia do género e a ditadura de pensamento por ela imposta como um dos flagelos do nosso tempo: «Não caiamos no pecado de pretender substituir-nos ao Criador. Somos criaturas, não somos omnipotentes. A criação precede-nos e deve ser recebida como um dom. Ao mesmo tempo somos chamados a guardar a nossa humanidade, e isto significa, antes de tudo, aceitá-la e respeitá-la como ela foi criada» (Exortação apostólica «Amoris Laetitia», 56).
Noutros momentos, Francisco comparou as escolas que aceitam a ideologia de género com a Juventude Hitleriana e usou outras expressões igualmente duras. Talvez se apliquem a certas escolas portuguesas. A alternativa a compreender isto é fazer figuras ridículas, como as do vídeo.