Infelizmente nem sempre assim acontece. Por força do Regulamento da Assembleia Municipal o senhor presidente da Câmara raramente permite que alguns dos vereadores responda às questões colocadas pelos membros da Assembleia, mesmo que estejam relacionadas com o seu pelouro. Aos vereadores da oposição, também presentes, nunca é dada permissão de responderem, mesmo quando são diretamente questionados ou quando são visados por atos ou afirmações que os implicam. É caso para perguntar o que estão ali a fazer? Sabem que nunca poderão ter qualquer papel ativo? É uma inutilidade incompreensível.
Na última Assembleia Municipal, tal como nas outras, o Partido Socialista teve oportunidade de colocar algumas questões ao executivo do PSD na governação da Câmara e mais uma vez ficou sem resposta. Por força do mesmo regulamento, o senhor presidente da Câmara usa da palavra para responder às questões que lhe são colocadas pelos membros da Assembleia. É o último a intervir neste período de “antes da Ordem do Dia” e não são admitidas mais perguntas ou declarações após a sua intervenção. Na prática, diz o que bem entender naquele período e se não responder ao que lhe foi questionado ou não for suficientemente esclarecedor, não há possibilidade de ser de novo questionado.
Ficaram assim sem resposta: que procedimento pensa a Câmara Municipal fazer para melhorar o piso e o trânsito na Ponte Romana da Cepeda que se encontra ameaçada? qual o conteúdo do projeto do túnel e parque subterrâneo a construir numa das extremidades do parque Jose Guilherme? foram consultados os comerciantes da zona como tinha sido prometido em Setembro de 2015? o que pensa fazer, ou o que fez, a Câmara Municipal quanto à denúncia pública efetuada por um dos seus funcionários superiores quanto ás irregularidades praticadas por um ex-vereador do PSD? Sobre tudo isto nem uma palavra.
Não podemos ficar satisfeitos com este tipo de atuação e temos necessidade de dizer a quem nos elegeu que mais uma vez tentámos.