A taxa de desemprego do Norte diminuiu de 7,9% para 7,0% entre o terceiro e quarto trimestres de 2020, situando-se num valor inferior ao nacional (7,1%), conclui o relatório Norte Conjuntura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
O mesmo documento explica que “esta redução ocorreu num quadro de elevada protecção do emprego, com cerca de 328 mil trabalhadores do Norte em lay-off durante o 4.º trimestre de 2020”. “Na ausência destas medidas de apoio, e devido ao impacto da pandemia de Covid-19, a taxa de desemprego da região seria de 25%”, sentencia o relatório.
“A importância da intervenção pública na economia do Norte está a ser determinante para suster o emprego e evitar um crescimento galopante do desemprego”, conclui a mesma fonte.
O número de trabalhadores em lay-off tem sido elevado desde o início da pandemia, sempre acima das 300 mil pessoas no Norte. No quarto trimestre de 2020 eram 328.647 os trabalhadores em lay-off nesta região do país, o que representava “40,8%” do total de Portugal Continental, lê-se.
Olhando às sub-regiões, a Área Metropolitana do Porto – onde se integram os concelhos de Paredes e Valongo – era responsável por 50,5% de todos os trabalhadores em lay-off do Norte no 4.º trimestre do ano passado. Seguiam-se com maior peso as sub-regiões do Ave e Cávado, com 15,3% e 12,8%, respectivamente. Já o Tâmega e Sousa – região em que se inserem os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira e Penafiel, surge em quarto lugar, correspondendo a 11,4% dos trabalhadores do Norte em lay-off nesse período.
Os dados divulgados mostram que o Tâmega e Sousa teve, no segundo trimestre de 2020, mais de 38 mil trabalhadores em lay-off, número que baixou para menos de 37 mil no terceiro trimestre e que chegou aos 37.425 no quarto trimestre de 2020. A Área Metropolitana do Porto tinha, no último trimestre do ano, 166.067 pessoas em lay-off.