Sendo as primeiras eleições do ciclo eleitoral de 2019, a escolha dos 21 deputados ao Parlamento Europeu gera expectativas nos partidos, tendo todos como objetivo subir nas urnas. Estas eleições europeias assumem-se na visão de muitos atores políticos como uma espécie de ensaio geral das legislativas mas, na minha opinião, não se pode tirar conclusões sobre qual a configuração da Assembleia da República a partir de 6 de outubro, uma vez que, nas europeias, o eleitorado português reage sempre de forma mais desprendida nas suas escolhas, uma vez que não está em jogo a decisão sobre quem vai exercer a governação do país. E, talvez por isso mesmo, as mentiras e a maledicência já começaram a circular, aliás como é típico de partidos e pessoas sem projetos, que discutem tudo, menos o mais importante – o seu projeto para a Europa! Aliás, Rui Rio afirmou no passado domingo que o PSD vai ter a vida “mais facilitada” nas eleições europeias porque o PS escolheu para cabeça de lista, o ex-ministro Pedro Marques, considerando-o um candidato fraco. Eu diria que fraco é ouvirmos isto de um Presidente de um partido, que em vez de apresentar ideias, tece considerações sobre os outros candidatos… Basta só relembrar o que destacados militantes do seu partido diziam de si próprio ainda há alguns meses.
A 7 meses das eleições legislativas é praticamente impossível adivinhar o seu resultado, mas tendo em conta as sondagens realizadas, há possibilidade de o PS ganhar com maioria relativa. No caso de o PS obter uma vitória por maioria relativa, as soluções de governação dependerão do resultado de cada partido. Mas, se as legislativas são decisivas para o PS e para António Costa, para o PSD e para Rui Rio também o são. Eu diria que é a derradeira oportunidade para Rui Rio se afirmar como líder, de modo a que as legislativas não sejam a sua última batalha eleitoral.
Assistimos durante o debate do último Orçamento do Estado, a um discurso de afastamento por parte do PCP relativamente ao PS e claramente que o BE pretende aumentar a sua representatividade. No seu discurso, os bloquistas manifestam-se disponíveis para uma nova aliança com o PS, mas mais ambiciosa…
No entanto, há dois outros partidos que podem reconfigurar o desenho parlamentar: o PAN, que em 2015 elegeu André Silva e poderá manter esse resultado ou ampliá-lo; e a Aliança de Santana Lopes que pode vir a ter sucesso eleitoral e conseguir influenciar os jogos de poder…
Há um denominador comum a estes partidos: todos têm como objetivo impedir António Costa de eleger pelo menos 116 deputados e, por isso, todas as críticas parecem assumir-se como válidas, esquecendo-se todos os resultados conseguidos neste mandato e que melhorou a situação do país e das famílias portuguesas. Se há muito para fazer?! Certamente!!! Mas, não se consegue diminuir a dívida, aumentar salários, diminuir desemprego, fazer todos os investimentos necessários, nomeadamente, na saúde e educação, sem haver desequilíbrio nas contas públicas… E é por isso que quando vejo a oposição a exigir mais e mais e a incitar o descontentamento, soa a populismo e a irresponsabilidade, pois quando tiveram de fazer cortes abruptos, fizeram-nos, sem pensar nas consequências efetivas que trariam à população!!!
À luz do que faz a oposição ao Governo, o mesmo acontece ao nível local, em particular no nosso Concelho. Lousada tem marcado uma posição de investimento em áreas fundamentais, como a educação, o ambiente, o desporto, a cultura, a ação social e o desenvolvimento económico-social, adotando muitas vezes iniciativas pioneiras e de relevância no panorama nacional. No entanto, há quem considere que ainda não estamos no mapa e que o “PS em Lousada governa invariavelmente com as ideias que resultam dos programas políticos do PSD”. Esta foi a ideia que o líder do PSD Lousada transmitiu no jantar do partido no início deste ano e foi alvo de debate na última Assembleia Municipal, dando como exemplos o prolongamento de horário nas escolas para o primeiro ciclo, o transporte gratuito para todos os estudantes do secundário, o novo mercado municipal, a descida da taxa de IMI para o mínimo legal e a construção de gimnodesportivos. Acusou ainda o executivo socialista de considerar estas “medidas utópicas e irrealistas”, mas que agora as executou. Ora, para qualquer Lousadense atento, conhecedor das propostas dos diferentes candidatos, sabe que estas foram promessas do candidato do PS, Pedro Machado – é simples de comprovar porque está escrito. O mesmo candidato que disse que não prometia mais do que aquilo que constava do seu manifesto, mas que se surgissem oportunidades, sempre as agarraria em prol do nosso Concelho. E assim tem feito permanentemente, de modo a que Lousada seja um município de boas contas, mas em constante crescimento.
Portanto, em prol da verdade, deixo alguns excertos daquele que foi o programa que os Lousadenses consideraram merecedor de confiança:
Oposição séria, precisa-se… Em Lousada e ao nível nacional!!!