Mais de 1.200 alunos do Vale do Sousa já aprenderam o que é a compostagem. A Ambisousa – Empresa Intermunicipal de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos do Vale do Sousa está a realizar sessões junto das escolas sobre o tema, com o objectivo de sensibilizar as crianças e fazer a mensagem chegar aos pais.
Na semana passada, foi a vez de cerca de 170 alunos da Escola Básica de Sanfins de Ferreira, em Paços de Ferreira, a assistir a uma apresentação interactiva, em que puderam colocar perguntas, dar respostas e ainda instalar o compostor na escola.
A Ambisousa tem aproveitado estas oportunidades para desafiar as escolas a tornarem-se numa “Escola Terra a Terra”, adoptando hábitos de compostagem.
“40% do lixo produzido pode ser devolvido à terra”
Desde Março de 2017, a Ambisousa já passou por 25 escolas do Vale do Sousa e mais de 1.200 alunos ficaram a saber mais sobre o que é a compostagem, como se deve escolher o local onde se coloca o compostor e o que pode ou não ser compostado. Um trabalho que é para continuar, assim queiram as escolas da região, explica Daniel Lamas, director do departamento de Monitorização Ambiental, Estudos e Projectos da Ambisousa. “Queremos sensibilizar as crianças para que levem a mensagem aos pais. Mas estas acções têm sobretudo um efeito didáctico. O facto de colocarmos um compostor na escola é uma forma de despertar para estas questões”, acredita.
“40% do lixo produzido pode ser devolvido à terra. Trata-se de resíduos orgânicos e biodegradáveis – como folhas, restos de hortaliça, relva, cascas de batata ou fruta, borras de café, pequenos ramos, erva seca… – que não devem ir parar a aterro e que podem ser transformados em composto”, um adubo natural, rico em nutrientes que pode ser usado em campos, jardins ou hortas, sustenta.
A oportunidade serve ainda para a Ambisousa apelar às escolas que adiram ao projecto “Escola Terra a Terra”. Os estabelecimentos de ensino que comecem a compostar vão receber um galardão e uma bandeira.
Na sessão em Sanfins de Ferreira, esteve também o vereador Joaquim Sousa, da Câmara Municipal de Paços de Ferreira. “Temos que reduzir o lixo que produzimos e pomos em aterro, muito por causa de vocês, os mais jovens. Temos que melhorar o nosso ambiente e preservar a Terra”, defendeu o autarca.
Além de receberem folhetos sobre a compostagem para entregarem aos pais, os mais novos tiveram a oportunidade de instalar o compostor na escola e começar a enchê-lo de resíduos. Ana Filipa e Rafael Monteiro, de 10 anos, ficaram convencidos e garantem que vão incentivar os pais a começar a fazer compostagem em casa. “É fácil”, dizem, prometendo também ajudar a manter o compostor da escola a funcionar.
Recorde-se que a Ambisousa tem cerca de 4.000 compostores para distribuir no Vale do Sousa até ao final de 2018.
Com esta medida, a Empresa Intermunicipal de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos espera conseguir desviar de aterro 2.500 toneladas de resíduos por ano.